segunda-feira, 31 de maio de 2010

Misturando realidade e ficção

Na chamada de segunda-feira, a aluna Andressa comentou que estava atravessando a rua com o seu pai, que largou a mão dele e quase foi atropelada por um carro. Depois disso, vários alunos comentaram também que quase foram atropelados. O aluno Gabriel se empolgou, começou a contar que tinha sido atropelado, que quebrou o pé, foi para o hospital, falou a cor do carro, e até comentou que estava jogando pedrinhas pelo caminho para não se perder, entre outras coisas, onde pude perceber que estava misturando a realidade com ficção. Deixei falar à vontade, somente perguntei quando havia acontecido isso, e ele disse que tinha sido ontem.
Depois disso lembrei me da Interdisciplina Linguagem e Educação e reli o texto "Tem um monstro no meio da história" Thaís Gurgel. E encontrei trechos importantes sobre o que aconteceu nesta segunda-feira.
“A criança brinca com sua realidade, extravasando-a para experimentar outros papéis e situações”, diz Gilka Girardello, professora do Centro de Educação da Universidade de Santa Catarina (UFSC).
“A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.” Sendo assim, devemos estimular as crianças a contarem histórias, deixando soltarem sua imaginação e desenvolvendo sua expressão oral, e como diz Maria Virgínia: “O mais comum e saudável é que a criança misture realidade e ficção para mais tarde separá-las”. Segundo a especialista, o adulto não deve questionar se o que ela conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pesquisando...

Nesta semana revi o modo como estava realizando a minha reflexão semanal, estava mais relatando como foram os dias da semana do que realmente refletindo sobre a minha prática.
Como comentei na semana passada sobre algumas agressões que estavam ocorrendo com os meus alunos, fui procurar algo que me ajudasse a lidar melhor com isso.
Piaget (1994) constatou, em seus estudos, que há dois tipos de reações em relação às sanções (punições): num primeiro momento do processo, a criança considera a sanção necessária e quanto mais severa ela for, mais justa o será. Na maioria das vezes as crianças querem punir os colegas severamente, sendo que um pedido de desculpas ou um abraço é muito pouco.
Num segundo momento, as crianças consideram justas as sanções que exigem uma restituição. Acreditam que a sanção deve corresponder exatamente ao ato cometido, para que o culpado sofra as conseqüências de sua falta. Como em alguns casos que ocorrem, se um colega dá um empurrão, o outro imediatamente devolve-lhe um empurrão.
Tanto os professores como os pais precisam exercer um papel de suma importância durante o processo de construção da moralidade das crianças, pois para Piaget, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais.
Um ambiente embasado na afetividade, cooperação e respeito mútuo, auxilia a criança em seu longo processo de descentração, conduzindo-a gradativamente da heteronomia para a autonomia moral. Um ambiente de medo, autoritarismo, respeito unilateral tende a perpetuar a heteronomia.
Outro aspecto muito importante do texto fala que: “Seria importante a escola inserir em seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como características de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessários o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.” Sabemos que cada caso deve ser tratado como único e não podemos tachar os alunos como violentos, quanto na verdade estão construindo sua moral, mas também não podemos deixar que isso se torne normal, e sim conhecer e auxiliar o nosso aluno nesta construção.

Bibliografia:
PICETTI, Jaqueline Santos. Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?
CAMARGO, Liseane Silveira.Artigo apresentado no V Simpósio Internacional de Educação (ULBRA-Torres, 2008).

domingo, 16 de maio de 2010

Refletindo sobre a 5ª quinta semana


Como semana passada já havia relatado sobre algumas agressões que ocorreram e também percebendo a falta de cooperação no momento de guardar os brinquedos, na próxima semana trabalharemos sobre o respeito, cooperação, boas atitudes e as palavrinhas mágicas.
Senti esta necessidade da turma e vou trabalhar estes aspectos para que não continue acontecendo mais isso e para que haja sempre uma boa harmonia em nossa sala de aula.
Estou muito feliz com o andamento do projeto, as crianças estão envolvidas nas atividades, estão bastante participativas e também mais desinibidas ao apresentarem os seus trabalhos, acredito pelo fato de estar realizando mais atividades em que eles livremente podem opinar, criticar, criar, debater.
Enfim, mais uma semana de muitas aprendizagens. Estou aprendendo muito com os meus alunos e vejo o quanto está sendo enriquecedor esta troca que estamos tendo. E o reflexo disso, além dos resultados em sala de aula é os comentários dos pais sobre as atitudes dos filhos.

domingo, 9 de maio de 2010

Mudanças

Estou aprendendo muito com as dicas da tutora e da supervisora, com isso estou enriquecendo o meu planejamento e os resultados estão sendo ótimos. Como é bom quando as crianças participam, se interessam, demonstram alegria e satisfação pelas atividades.
Com o tempo que temos para planejar no estágio, estou realizando atividades mais criativas e desafiadoras, que antes não conseguia realizar por falta de tempo, pois na Educação Infantil ainda não temos horas de planejamento.
Trabalhar com o PA também está me proporcionando muitas aprendizagens, descobertas, desafios. No começo parecia que não iria dar certo, mas fui incentivando, questionando os alunos e aos poucos foram surgindo as perguntas que desencadearam o nosso PA.

sábado, 1 de maio de 2010

Terceira Semana



Nesta terceira semana de estágio, ocorreram atividades bem legais:
Olhamos diversos livrinhos na sala de atividades múltiplas, peguei livrinhos diferentes, com relevos e texturas diferentes. Trocaram entre si. Um livro tinha um óculos que aumentava a imagem, passei por cada um mostrando.
Também pinturam as suas casas, fizeram os fantoches de sua família, realizamos atividades de Educação Física envolvendo os animais e também jornais.
Fizemos o passeio pelo bairro, conhecendo as casas de alguns colegas.
Enfim, esta semana foi ótima, as crianças ficaram orgulhosas de apresentarem para as outras turmas as suas casas e suas famílias, foram elogiadas pelas profes e pelas tias. Também foram expostas as casinhas e suas famílias no lado de fora da sala. Mostraram para os seus pais, mostrando quem era cada um.
Estou muito feliz com os resultados e espero que com as sugestões continue melhorando minha prática pedagógica.