Nesta semana revi o modo como estava realizando a minha reflexão semanal, estava mais relatando como foram os dias da semana do que realmente refletindo sobre a minha prática.
Como comentei na semana passada sobre algumas agressões que estavam ocorrendo com os meus alunos, fui procurar algo que me ajudasse a lidar melhor com isso.
Piaget (1994) constatou, em seus estudos, que há dois tipos de reações em relação às sanções (punições): num primeiro momento do processo, a criança considera a sanção necessária e quanto mais severa ela for, mais justa o será. Na maioria das vezes as crianças querem punir os colegas severamente, sendo que um pedido de desculpas ou um abraço é muito pouco.
Num segundo momento, as crianças consideram justas as sanções que exigem uma restituição. Acreditam que a sanção deve corresponder exatamente ao ato cometido, para que o culpado sofra as conseqüências de sua falta. Como em alguns casos que ocorrem, se um colega dá um empurrão, o outro imediatamente devolve-lhe um empurrão.
Tanto os professores como os pais precisam exercer um papel de suma importância durante o processo de construção da moralidade das crianças, pois para Piaget, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais.
Um ambiente embasado na afetividade, cooperação e respeito mútuo, auxilia a criança em seu longo processo de descentração, conduzindo-a gradativamente da heteronomia para a autonomia moral. Um ambiente de medo, autoritarismo, respeito unilateral tende a perpetuar a heteronomia.
Outro aspecto muito importante do texto fala que: “Seria importante a escola inserir em seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como características de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessários o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.” Sabemos que cada caso deve ser tratado como único e não podemos tachar os alunos como violentos, quanto na verdade estão construindo sua moral, mas também não podemos deixar que isso se torne normal, e sim conhecer e auxiliar o nosso aluno nesta construção.
Bibliografia:
PICETTI, Jaqueline Santos. Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?
CAMARGO, Liseane Silveira.Artigo apresentado no V Simpósio Internacional de Educação (ULBRA-Torres, 2008).
Piaget (1994) constatou, em seus estudos, que há dois tipos de reações em relação às sanções (punições): num primeiro momento do processo, a criança considera a sanção necessária e quanto mais severa ela for, mais justa o será. Na maioria das vezes as crianças querem punir os colegas severamente, sendo que um pedido de desculpas ou um abraço é muito pouco.
Num segundo momento, as crianças consideram justas as sanções que exigem uma restituição. Acreditam que a sanção deve corresponder exatamente ao ato cometido, para que o culpado sofra as conseqüências de sua falta. Como em alguns casos que ocorrem, se um colega dá um empurrão, o outro imediatamente devolve-lhe um empurrão.
Tanto os professores como os pais precisam exercer um papel de suma importância durante o processo de construção da moralidade das crianças, pois para Piaget, os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais.
Um ambiente embasado na afetividade, cooperação e respeito mútuo, auxilia a criança em seu longo processo de descentração, conduzindo-a gradativamente da heteronomia para a autonomia moral. Um ambiente de medo, autoritarismo, respeito unilateral tende a perpetuar a heteronomia.
Outro aspecto muito importante do texto fala que: “Seria importante a escola inserir em seu contexto o respeito pelo processo de desenvolvimento moral, não tachando mais certos comportamentos como violentos, mas como características de uma determinada fase da construção da autonomia da criança, pois, para que o sentimento de justiça se desenvolva, são necessários o respeito mútuo e a solidariedade entre as crianças e os adultos.” Sabemos que cada caso deve ser tratado como único e não podemos tachar os alunos como violentos, quanto na verdade estão construindo sua moral, mas também não podemos deixar que isso se torne normal, e sim conhecer e auxiliar o nosso aluno nesta construção.
Bibliografia:
PICETTI, Jaqueline Santos. Significações de Violência na Escola: equívocos da compreensão dos processos de desenvolvimento moral na criança?
CAMARGO, Liseane Silveira.Artigo apresentado no V Simpósio Internacional de Educação (ULBRA-Torres, 2008).
Um comentário:
Oi Michele! Legal que foste procurar na teoria elementos para refletir sobre questões que estão aparecendo na tua prática. Abração!!
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